Müller Martini A.G.
75º Aniversário
Breve história de uma empresa coroada de êxito
Quando o melhor emprego de sempre perde o interesse e damos por nós a desejar ter uma aventura desafiante na vida, que nos traga paixão e satisfação, mudando a nossa rotina quotidiana, não há impasse que nos detenha. Mas a nossa vida não muda sem agirmos, dispostos a encontrar o caminho certo que nos possibilite avançar e dar o salto para um novo lugar na sociedade.
Percorrer de modo retrospectivo o caminho que conduziu alguém desde uma relativa modéstia a líder mundial na sua área de actividade, deixa-nos descobrir o percurso de uma história exemplar de um homem, que um dia pensou, imaginou e criou uma pequena empresa com cinco colaboradores, e décadas depois já somava trinta subsidiárias e quatro mil colaboradores distribuídos por todo o mundo.
Alguém que desafiou a vida com espírito de missão, encontrando motivação na satisfação de contribuir para o desenvolvimento de um sector de actividade, pela criação de novos meios de produção, que foram marcando cada época.
Alguém que passou pela vida deixando marcas profundas traduzidas em virtuosismo e acção, sabedoria e visão, iniciativa e pioneirismo. Alguém para quem ideal e competência não teve fronteiras, que encarou desafios e alcançou o sucesso pelo próprio esforço.
Esse homem chamava-se HANS MÜLLER, e a empresa, a reconhecida multinacional MÜLLER MARTINI A.G. dos nossos dias.
Hans Müller, uma pessoa tão simples na sua natureza, mas de uma imaginação activa, visão estrategicamente relevante, e coragem pela assumpção do risco, é o sujeito real desta empresa, espalhada pelos quatro cantos do mundo, que em 2021 comemorou 75 ANOS de actividade.
75 anos que certificam sonho, ousadia, esperança e sucesso!
Fundada em 1946, com apenas 5 colaboradores, instalações modestas e escassas condições financeiras, a sua trajectória de vida empresarial deixa reflectir desafios árduos e laboriosos, que teve de enfrentar para realizar o projecto que sonhara.
Graças à sua confiança, capacidade realizadora e uma férrea vontade em prosseguir no seu objectivo, o projecto vingou e cresceu, praticamente de forma meteórica, tornando a sua ousada iniciativa numa incontroversa realidade, demonstrativa do desejo de independência e realização pessoal.
A procura da própria identidade foi vital, porque apenas ela poderia conferir um sentido de direcção, certeza e estabilidade a um projecto com grande potencial de oportunidade no mercado mundial.
Ao demonstrar a minha estima e admiração por Hans Müller, evidenciando os seus atributos distintivos, não posso deixar, também, de salientar a amizade que me ligou a seu irmão, Ernst Müller.
Quem de perto conviveu com um e outro, descobriu duas personalidades prestantes e generosas, nunca faltando com o seu estímulo e apoios necessários, que muitas vezes possibilitaram a realização de importantes negócios.
Os bons ofícios, as palavras de simpatia e conforto, sugestões oportunas e valiosas, foram um estímulo para o sucesso que alcancei na defesa dos seus interesses e prestígio.
Fiquei a dever-lhes provas de estima tão claras e penhorantes, que me obrigam, aqui, a deixar ficar estas palavras de muito reconhecimento, e a bem dizer as suas memórias.
Tive o privilégio de ser conviva em incontáveis encontros de trabalho e convívios festivos, em cujos ambientes vivi momentos muito afectivos e gratificantes, que ficaram nos olhos, no coração e na lembrança, e que ainda agora recordo com profunda saudade.
Orgulho-me de ter permanecido indefectivelmente fiel ao melhor do espírito da empresa, a que aderi como um dos seus, desde a primeira hora que ingressei como seu representante.
Ainda como vendedor da extinta firma Manuel Reis Morais & Irmão, na época representante de Heidelberg, Polar, Jagenberg, Intertype, Martini, Samuel Jones, George Mann, entre outras, tive a oportunidade de conhecer Hans Müller na Drupa de 1954, onde apresentou duas novidades de grande sucesso – a primeira alçadora-agrafadora totalmente automática (BSV) e a primeira encadernadora de livro sem costura (RB-2 Rotorbinder).
Entretanto, nos 10 anos seguintes, fui acompanhando à distância, com admiração, o seu continuado crescimento.
Fundada em 1964 a Grafopel, e volvidos cerca de um ano e meio de profícuo trabalho, registando uma evolução positiva, decidi viajar até Zofingen/Suiça, sede da então GRAPHA MACHINENFABRIK A.G., com o objectivo de obter a representação, concedida algum tempo depois. À distinção que me conferiram, tentei sempre corresponder com o melhor de mim para a merecer.
Não resisto em salientar que a minha relação com Hans Müller e seu irmão, Ernst Müller, ao longo dos anos, foi sempre amistosa e de grande cordialidade, cimentada no respeito mútuo entre pessoas que encontraram um caminho paralelo e gratificante para os seus objectivos de vida empresarial; uma relação produtiva para os interesses em jogo.
Ao recordar esta data memorável da história da Müller Martini, quero deixar ainda palavras de muito reconhecimento a Rudy Müller, filho de Hans Müller e actual Presidente da empresa, pela simpatia e amizade com que sempre me distinguiu.
Delicado, atencioso, amável e de bondade acolhedora e risonha, deixa-nos a sensação reconfortante de reencontrarmos nele a medida familiar das coisas familiares que conheci do seu progenitor.
À actual Administração e respectivo staff, que bem podem orgulhar-se do passado e presente da Müller Martini A.G., quer pela sua persistente e profícua actividade, quer pela eficiência e expansão mundial dos seus produtos, deixo aqui os meus votos muito sinceros para que nunca lhes falte ânimo para prosseguir na sua nobre missão de continuidade, e para enfrentarem com êxito os desafios que o presente e o futuro colocam.
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