Os vários processos de acabamento oferecem ainda muito potencial em termos de maior automatização, maior produtividade e processos integrados. Estes são problemas que os gráficos do sectores comercial e da embalagem precisam de resolver. Acrescente a isto o facto de que máquinas mais simples e fáceis de usar podem colmatar problemas de falta de capacidade técnica do operador bem como reduzir o esforço físico deste. A Heidelberg ouviu os seus clientes e desenvolveu novas soluções adequadas para colmatar estas situações.
"Na impressão comercial, o acabamento é responsável pelo custos de pessoal mais altos, normalmente à volta de 60%", explica Jörg Dähnhardt, responsável pela gestão da área de negócios de acabamento da Heidelberg. "É por isso que colocamos o nosso foco na automatização integrada, como por exemplo, a tecnologia Push to Stop nas máquinas de dobrar, a fim de reduzir os tempos de afinação e aumentar a produtividade. Da mesma forma, com o sistema robótico Stahlfolder P-Stacker, aumentamos o fluxo de materiais e reduzimos o esforço físico do operador. ”
O sector da embalagem continua a crescer e, com ela, os requisitos do mercado. As tiragens são cada vez mais pequenas, o número de trabalhos aumenta e a sustentabilidade é a palavra chave. Isto levou Heidelberg a completar o seu portfólio de máquinas de corte-e-vinco, tanto para níveis de produtividade elevados como para níveis mais baixos, de modo a oferecer uma solução para cada aplicação.
As máquinas de corte-e-vinco Powermatrix 106 CSB e Promatrix 145 CSB serão incluídas no novo portfólio. Para tiragens pequenas provenientes da impressão digital e comercial, temos a nova Multimatrix 60 FC, que oferece uma relação preço/desempenho atraente e, portanto, é adequada para empresas de impressão mais pequenas. Esta máquina oferece uma produtividade significativamente maior do que as Heidelberg Minerva e Cilíndricas, que ainda hoje são usadas para fazer alguns trabalhos de acabamento. “Diversificamos e ampliamos a nossa gama de máquinas de corte-e-vinco e de dobradoras-coladoras. Agora, conseguimos refletir no acabamento a produtividade das nossas máquinas de impressão. Para poder acompanhar as elevadas velocidades da Diana Smart, temos agora, pela primeira vez, um carregamento robótico. A Diana Packer 4.0, que consegue embalar até 200.000 caixas/h, acompanhando a velocidade da máquina na saída”, confirma Dähnhardt.
No acabamento existem máquinas de uma ampla variedade de fabricantes e - pelo menos no sector comercial - muitas etapas são ainda manuais e demoradas o que faz com que seja quase impossível fazer cálculos de custos. O novo interface Heidelberg Postpress Data Ready garante transparência e processamento eficiente das encomendas. O Postpress Data Ready centra-se exclusivamente a processar os dados operacionais, da área comercial ou da embalagem. O processamento de dados amplamente automatizado refere-se, por exemplo, a dados em tempo real sobre o progresso da produção e planeamento. Como resultado, o cliente recebe uma base de dados fiável de modo a conseguir fazer um planeamento de capacidade mais eficiente, permitindo-lhe fazer uma análise de custo de forma mais fácil. O Postpress Data Ready é uma interface de dados não proprietária e, portanto, pode ser integrada aos sistemas MIS existentes. O Data Ready está disponível imediatamente nas dobradoras-coladoras Diana, mas nas máquinas de corte-e-vinco e máquinas de dobrar este interface será introduzido mais tarde.
O sistema robótico Stahlfolder P-Stacker mostra os seus músculos
Na saída das máquinas de dobrar de alto desempenho, o operador empilha, em cada turno, cerca de sete toneladas de papel na palete. Cada balote pode pesar até 8 kg e chegam a uma velocidade de 5 balotes/min. Na prática, este esforço físico faz com que a velocidade da máquina seja reduzida de forma deliberada, as interrupções logísticas sejam utilizadas como paragens para descanso, ou, então, seja necessário um ajudante para realizar a tarefa. O Stahlfolder P-Stacker, um robusto robot industrial de seis eixos que segura e coloca a pilha de maneira suave usando a sofisticada tecnologia de garras, oferece, agora, ajuda nesta fase da máquina. O robot usa o espaço completo de uma Europalete . O Stahlfolder P-Stacker, por exemplo, se acoplado a uma Stahlfolder KH 82-P, garante alta produtividade e eficiência no processo de dobra, reduz o esforço do operador e fornece espaço para realizar outras actividades, como o controlo da qualidade. As primeiras entregas deste equipamento estão planeadas para Outubro deste ano.
O conceito Push to Stop agora também está disponível nas dobradoras
Na Drupa 2016, a Heidelberg apresentou o conceito inovador Push to Stop para as máquinas de impressão Speedmaster. Como esta tecnologia atingiu um ponto fulcral da indústria, foram feitas inúmeras instalações desde então, que tiveram ampla aprovação por parte dos clientes. Agora, o Push to Stop também estará disponível nas máquinas de dobrar de alto rendimento. Com a produção autónoma de cadernos, os utilizadores dão o primeiro passo em direcção à produção autónoma no acabamento. O grupo-alvo são clientes com mudanças frequentes de trabalhos e tiragens pequenas . O conceito Push to Stop está disponível na Stahlfolder TH/KH 82-P e na Stahlfolder TX 96, o que permite um aumento significativo da produtividade, por isso os operadores podem concentrar-se mais na qualidade dos cadernos dobrados.
Com o Push to Stop, os diferentes cadernos já não precisam mais de ser separados com marcadores de papel na palete, pois agora são processados um após o outro. O sistema é baseado em dois componentes: um código de barras impresso nos cadernos, bem como num sistema de câmara integrado tanto no marginador PFX como na saída Palamides Alpha. A produção do próximo caderno começa, então, de forma autónoma, sem a intervenção activa do operador. É evitada uma mistura de cadernos diferentes na pilha da saída devido à existência do código de barras.
Acabamento de Embalagem - portfólio de corte-e-vinco alargado para cima e para baixo
A parceria entre a Heidelberg e a MK Masterwork data de 2015. Várias novas máquinas foram desenvolvidas para o mercado da embalagem e, desde então, mais de 450 máquinas MK foram vendidas através da Heidelberg. O relacionamento entre as duas empresas está agora ainda mais próximo, já que a MK é o maior acionista individual da Heidelberg. As novas máquinas resultantes da bem-sucedida parceria serão, agora, apresentadas. Estas tornam o portfólio ainda mais amplo, oferecem altas velocidades e apresentam formatos maiores, bem como uma máquina de corte-e-vinco para a área digital e para tiragens mais pequenas.
A Powermatrix 106 CSB (cutting, stripping, blanking – Corte/vinco/relevo,descasque,separação) trabalha a uma velocidade de 8.000 folhas/h. Equipada com sistema logístico de paletes e marginador automático non-stop, este equipamento oferece elevada produtividade e pré-requisitos ideais para clientes com tiragens elevadas. O sistema de registo óptico MasterSet para o marginador foi desenvolvido originalmente pela Heidelberg e melhorado pela MK. O MasterSet alinha todas as folhas através de uma marca de impressão. O posicionamento também pode ser realizado usando a imagem impressa ou as bordas da folha, se não houver marcas de impressão disponíveis. As câmaras MasterSet também podem ser posicionadas na parte inferior do marginador, por exemplo, para fazer corte-e vinco de cartão ondulado com o lado impresso voltado para baixo. Uma saída separada para folhas de prova permite que o operador puxe essa folha para verificação sem interromper a produção. Como todas as máquinas de corte-e-vinco oferecidas pela Heidelberg, a Powermatrix também possui marca GS e CE.
Novidade é a máquina de corte-e-vinco Promatrix 145 CSB, com uma velocidade de 7.000 folhas/h, processa folhas de formato grande de forma eficiente. A Promatrix 145 CSB também possui sistema logístico de paletes, marginador non-stop automático, MasterSet e também, uma saída separada para folhas de prova, uma novidade nesta classe de formato. A Promatrix 145 CSB está disponível para entrega imediata.
Outra novidade é a Multimatrix 60 FC para tiragens pequenas em impressão digital e comercial. Tem uma excelente relação preço/desempenho e, portanto, é adequada para gráficas que usem Minervas ou Cilíndricas para realizar alguns dos trabalhos de acabamento. A Multimatrix 60 FC é ideal para fluxos de trabalho de produção digital em cartão flexível, por exemplo, com uma dobradora-coladora Diana Go e uma máquina de impressão digital Versafire. A Multimatrix 60 FC pode ser, opcionalmente, equipada com uma unidade de estampagem a quente, o que permite a realização de uma ampla gama de trabalhos de acabamento de valor acrescentado bem como um uso mais flexível da máquina de corte-e-vinco. Outro benefício é o pouco espaço que esta ocupa. Esta máquina de corte-e-vinco produz a uma velocidade de 5.500 folhas/h e, está, também, equipada com o MasterSet. A fácil operação e a rápida afinação, ultrapassa em velocidade e produtividade os trabalhos que ainda se fazem nas Cilíndricas num factor de dois a três. É adequada para tiragens de 1 a 1.000 caixas e está disponível para encomenda imediata.
Novo robot Diana Packer torna a embalagem automática numa realidade
Ganhos na produtividade e facilidade de uso são algumas das melhorias feitas nas dobradoras-coladoras. Por exemplo, a Diana Smart está disponível de imediato, com um pacote de velocidade extra, até 33% mais rápida e com um limite de 600 m/min. O novo Diana Inspector permite uma ampla gama de materiais e também pode inspecionar materiais difíceis, como placas revestidas em metal, hologramas ou estampagem a quente. Outro novo recurso são os defeitos de impressão e a consistência nas cores que podem ser verificados usando uma comparação em PDF, o que aumenta a facilidade de uso e reduz significativamente o tempo de configuração. A segunda geração da unidade Diana Braille contém, agora, uma nova opção de registo lateral , o que reduz ainda mais os tempos de afinação do Braille.
Uma dobradora-coladora só produz na mesma medida em que as cartolinas são alimentadas e embaladas. A automatização ajuda neste ponto. Existem duas inovações aqui: primeiro o uso de um robot para carregar a Diana Smart e, em segundo lugar, o novo e aprimorado Diana Packer 4.0 para empacotamento automático em caixas externas. Pela primeira vez, a comunicação entre a dobradora-coladora e o Diana Packer 4.0 garante que as geometrias da caixa tenham de ser inseridas apenas uma vez - a segunda entrada no empacotador, anteriormente necessária, já não o é. Isto reduz o tempo de afinação, os operadores são aliviados do esforço físico e a automatização do acabamento é aumentada para obter maior desempenho. O Diana Packer 4.0 já está disponível.
Imagem 1: A Powermatrix 106 CSB trabalha a uma velocidade de 8.000 folhas/h. Esta máquina de corte-e-vinco está equipada com sistema logístico de paletes e um marginador automático non-stop, bem como com o sistema de registo óptico MasterSet.
Imagem 2: A Promatrix 145 CSB está a ser introduzida no mercado. Esta máquina de corte-e-vinco apresenta um sistema logístico de paletes, um marginador automático non-stop, MasterSet, e também disponibiliza uma saída separada para folhas de prova, novidade nesta classe de formato.
Imagem 3: Para tiragens pequenas em impressão digital e comercial, temos a nova Multimatrix 60 FC. Possui uma excelente relação preço/desempenho e, portanto, é adequada para gráficas de pequena dimensão.
Imagem 4: A dobradora-coladora Diana Smart está disponível, agora, com um pacote de alta velocidade, o que permite que seja 33% mais rápida até uma velocidade máxima de 600 m/min.