O fantástico desenvolvimento tecnológico direccionado para as artes gráficas, ocorrido nas últimas décadas, deixara muito lá para trás as eras de Gutenberg (1395-1468) e Senefelder (1771-1834).
O primeiro, trouxe-nos os caracteres móveis e o livro impresso, um avanço colossal que colocou na penumbra os textos caligrafados à mão, podendo dizer-se de Gutenberg que tornou o livro um objecto de uma importância primordial para a mudança do destino da humanidade. Ao torná-lo acessível a todas as correntes de pensamento, quebrou séculos de escuridão medieval, dando lugar a uma verdadeira revolução, que explica as grandes transformações sociais, culturais e políticas do renascimento. Além disso, gerou uma nova actividade que, séculos mais tarde, se transformaria numa indústria de alta tecnologia.

O segundo, trouxe-nos a impressão plana sobre pedra litográfica, que chamou de litografia química, cujo processo consiste, no essencial, na adição sobre o desenho ou o texto de uma matéria, que por afinidade química e segundo as leis da atracção, faz aderir a tinta.
É a partir do processo litográfico que procede o sistema de impressão offset, sendo seus pioneiros o americano Washington Rubel e o alemão Casper Hermann, que em 1904 fazem a mesma descoberta ao mesmo tempo.
A seguir, a fotolito permite reproduções fiéis de qualquer original. A tipografia do manual passa para a fotocomposição. Novas tecnologias vão surgindo imparavelmente até chegarmos à era digital.
Esta breve passagem pela história não se baseia apenas em trazer à memória acontecimentos do passado, mas sim na intenção de fazer meditar sobre o período de tempo que mediou entre a invenção da tipografia até à litografia, e desta ao offset, e a acelerada evolução verificada a partir daí até hoje, que se converteu em irreversível.
 
No novo século de Bill Gates, detentor da informação, comunicação e imagem online, as mudanças do perfil do sector gráfico frente às novas tecnologias e às opções que se apresentam nesta era de descontinuidade, faz repensar a forma de olhar as empresas, entender as mudanças na base do negócio e tomar as decisões certas no que investir.
Cabe aos industriais gráficos diagnosticarem com antecedência as tendências e adaptarem-se de forma ágil e eficaz aos novos tempos, e a uma indústria que está a transformar-se cada vez mais rápido.
Hoje, a tecnologia digital é parte integrante do processo gráfico. A criação do produto impresso é, em si, digital. E em todas as etapas seguintes, do layout à entrada do trabalho em máquina, o processamento do fluxo de trabalho é cada vez mais digital, tecnologia que não só eliminou passos como encurtou distâncias no processo. Uma outra vantagem é o produto poder ser desenvolvido num ponto e impresso no local do destino.
Actualmente, as aplicações da indústria ante os grandes avanços tecnológicos do sector, são quase ilimitadas, percutindo alcançar vantagens competitivas num mercado, que cada vez mais exige dos seus fornecedores inovação constante, sob pena de os excluir da sua lista de provedores.
 
Quem imaginaria! Ainda em 1962 se dizia na Drupa: “ A impressão tipográfica é o mais antigo e, em vitalidade, o mais jovem sistema de impressão!”
Desde então, de Drupa para Drupa, o progresso contínuo foi abrindo novos caminhos e um futuro promissor para a indústria gráfica.
 
Sem dúvida alguma, a Drupa sugere sempre a ideia de algo completamente novo, expondo oportunidades que brinda aos que sabem aproveitá-las em primeira mão.
Deixe-se surpreender!
 
 

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