Empresas & Futebol – Que paralelismo?

As empresas e o futebol são duas actividades motivadas por coisas distintas, mas com o mesmo denominador comum: os resultados!

Resultados que dependem, sobretudo, de organização, estratégia, compromisso, acção e entrega. Com uma diferença: no negócio, para que um ganhe não é necessário o concorrente perder; no futebol, a estratégia entre os competidores é lutar sempre para que o adversário perca.

A analogia não é, portanto, nem absurda nem desajustada. Há um paralelismo entre ambas, que se move no mesmo sentido. De um lado, alcançar êxito empresarial; do outro, somar vitórias e conquistar títulos. Sem resultados positivos não há empresas nem clubes economicamente viáveis.

Desde quando o Atlético de Madrid se sagrou campeão de Espanha, ficara a bailar-me na cabeça esta interrogação: como foi possível, apenas com um orçamento de 120 milhões de euros, superar outros clubes cuja dimensão económica e orçamental se multiplica por três e por quatro, recheados de vedetas pagas a peso de ouro? Qual foi e tem sido a base de sustentabilidade dos seus resultados?

Vejamos:

  • 2009/2010 - Liga Europa da EUFA
  • 2010 - Supertaça Europeia
  • 2011/2012 - Liga Europa da UEFA
  • 2012 - Supertaça Europeia
  • 2012/2013 - Taça do Rei
  • 2013/2014 - Campeão de Espanha - Finalista da taça dos Campeões Europeus, que perdeu para o Real de Madrid quando já todos rotos e sem banco para aguentar os minutos finais.
  • 2014 -  Supertaça de Espanha

 

O que realmente pode explicar estes resultados é o grau de qualidade dos vínculos existentes entre os seus profissionais: dirigentes, treinadores, corpo técnico e jogadores.

É a força desse vínculo que impulsiona a dinâmica que dá coesão à equipa e que está na base de uma excelente sustentabilidade de resultados.

Dentro deste conceito, de que dependerá que a sua empresa seja ou não a melhor do mercado? Sem dúvida que a tecnologia ou o produto ajuda, mas isso só não é o suficiente para garantir o sucesso.

O que fazer para que os clientes e os colaboradores se sintam como vedetas fora e dentro da organização? É obvio que as pessoas e as empresas, para lograr sucesso, têm de raciocinar com a mente, apelar à razão e agir com emoção e sentimento. Têm de conseguir, quer com uns, quer com outros, estabelecer a mesma classe de relações que existe numa família. A qualidade dos vínculos existentes entre os familiares é que está na base da sua sustentabilidade. Nas empresas, esses vínculos são o seu suporte.

A relação não pode constituir em si a expressão de desconfiança recíproca. É fundamental criar um ambiente interno de relações pessoais e de confiança mútua total, que estabeleça a matriz da empresa, sem a qual não é fácil formar equipas de trabalho expressando a sua cultura. Para uma relação saudável, o essencial é a qualidade dessa relação.

Um dos aspectos porque muitas vezes as empresas não conseguem vincular os colaboradores aos seus projectos empresariais, é a falta de aplicação de modelos de colaboração para a resolução conjunta de problemas, em que é apenas um a resolvê-los e os restantes a dizerem ámen.

Não haverá colaboradores vinculados a qualquer projecto empresarial se não fizermos que eles acreditem, creiam e colaborem nesse projecto, com o coração na empresa.

Todos, sobretudo os que se reconhecem a si mesmos como os mais competentes, aparte de trabalharem por dinheiro, esperam da empresa o reconhecimento das suas competências, para que se sintam visíveis, profissionalmente, aos olhos da organização.            

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